É bastante psicodélico, tendo como característica principal a idéia de transe em que o ouvinte entra, embalado pelas linhas de sintetizador repetidas ao longo das batidas da música, que consiste num ritmo 4/4. Desde o seu surgimento, o trance já passou por várias mudanças. De acordo com os detalhes em sua estrutura, podem ser dos estilos Progressive, Dark e Psychodelic, entre outros. Cada vertente tornou-se independente, formando uma escola para os artistas envolvidos. Sendo assim, é possível acompanhar a evolução da cena psicodélica em particular.
Dentro da cena atual, a produção de música eletrônica é abundante e rica em qualidade, dividindo-se nitidamente em três fortes correntes principais: Full On, Progressive e Dark.
Full On:
Seus baixos são corridos com muitas variações de tons, sintetizadores ao extremo e por uma grande oscilação entre momentos de euforia total e melodias bem trabalhadas, geralmente construídas entre 142 e 150 bpms. É sem dúvida um som que tem um apelo dançante. É extrovertido e convidativo à expressão corporal da dança. Seus elementos vão entrando, cada um em seu tempo, até que a música enche, e então explode. O Full On se divide em:
Morning: sub-vertente que é mais comum no período da manhã nas festas, com muito groove e muita melodia. A maior parte dos "mornings" vem de Israel. Artistas como Astrix, Vibe Tribe, Melicia, Psydrop, DNA e Sesto Sento apostam no "morning" com seus synths altamente melódicos. Expoentes de "morning" de outros países também se destacam, como por exemplo o Protoculture (África do Sul) e Bamboo Forest (França).
Night: sub-vertente que de destaca pelo mix de elementos do Dark Trance (batidas pesadas, sintetizadores sombrios) com uma ritmo mais acelerado, poucas melodias e é mais dançante. O projeto mais conhecido de night, embora muitos o considerem "dark" é o Shift. Alguns artistas da sub-vertente: Winter Demon, Azax Syndrom, Damage, Seroxat, Iron Madness, Neuromotor, Menog, Abomination e Fungus Funk.
Groove: sub-vertente que não distingue "night" ou "morning", tem como principal idealizador o projeto francês Talamasca é bem aceita em qualquer horário, utiliza também muito sintetizador, muita explosão, linhas de baixo mais incorpadas e melodias de facil assimilação. Artistas como Intelabeam, Shanti, Rampage, Wrecked Machines, Audio-X e Freakulizer são alguns exemplos.
Progressive:
Vertente mais calma, lenta e extremamente lisérgica do Psy Trance, construída geralmente (mas nem sempre) entre 130 e 140 bpm. A oscilação é deixada de lado, o som é mais constante, retilíneo e crescente. Os sintetizadores são mais sutis, sendo a batida e a linha de baixo o que mais interessam ao trance. É uma música introspectiva, que busca equalizar as ondas do cérebro, e assim, chegar a um estado meditativo da dança. É o som típico de fim de tarde no qual, depois do Dark e do Full On, é muito aceita para descansar o corpo e a mente. Tem um kick bem leve e um baixo bem grooveado, passando por diversos tons que empolgam seu ritmo dançante. Exemplos são os produtores do Beat Bizarre, Kent e Tone, Metapher, Bitmonx, Ace Ventura, Ticone Atmos. O "prog" mescla várias vertentes e sub-vertentes da música eletrônica podendo caminhar entre o prog house, prog psy e prog dark, estando todos englobados no mesmo estilo (não há como classificar ou teria-se nomenclaturas enormes do tipo minimal-progressive-electro-breaks). Ele pode ter um bassline com bastante groove, assim como nenhum groove.
Dark:
É uma subvertente do Psychedelic Trance(Trance psicadélico) que possui um caráter sombrio, escuro e sinistro, ao contrário do Morning Trance que tem melodias bem alegres. Caracteriza-se por apresentar efeitos curtos e rápidos, batidas que variam de 145-170 bpm sem uma melodia pegajosa de sintetizador, baixo reto ou em alguns casos 'grooveado', bumbo(kick) pesado e samples (amostras de som) macabros de filmes como: gritos, risadas, sons de animais, interjeições. Geralmente se ouve nas noites das festas, algumas festas podem durar várias horas com a mesma subvertente chegando ao entardecer, como é o caso dos sets de Goa Gil. Além disto, apresenta sintetizadores característicos de efeitos de terror em filmes e cada música tem uma cadência bem diferenciada, podendo ser dançante ou não (nos casos mais pesados ou muito acelerados). O Dark se divide em:
Weird: é a variação mais sombria, barulhenta e bizarra do dark trance. Com um pitch muitas vezes bem acelerado, chimbais continuos e samples aterrorizantes, proporciona um som massacrante para quem não aprecia o gênero.
Exemplo: Celsung, Catatonic Despair, Xikwri Neyrra, Kryptum, Abaddon Chaos Madness, Bug Funk, Dark Hallik
Forest: É um som mais psicodélico, com basslines gordos e sintetizadores e samples bem 'úmidos', que lembram barulhos de animais e fenômenos da natureza. É composto também por melodias quase que ininteligíveis. Alguns não consideram o som como 'dark', já que alguns projetos nem tem características sombrias. Pode ser tocado durante o dia tranquilamente.
Exemplo: Derango, Hallucinogenic Horses, Procs, Syzygy, Donkey Shot
Twisted: Som grooveado que apresenta efeitos rápidos e sons tecnológicos. Envolve maior uso de técnicas.
Exemplo: Kindzadza, Cosmo, Highko, Electrypnose
*Textos extraídos do Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/